Mais de 5.400 crianças e adolescentes de Teresina estão aptos, nesta semana, a receber a segunda dose da vacina contra a dengue, completando assim o esquema vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde. A capital piauiense conta com uma estimativa populacional de 57.785 pessoas na faixa etária entre 10 e 14 anos — público-alvo da campanha de imunização contra a doença.
O protocolo vacinal contra a dengue é composto por duas doses, com intervalo mínimo de 90 dias entre elas. A coordenadora de vacinação da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Emanuelle Dias, reforça a importância da adesão à segunda etapa do esquema:
"É fundamental que os pais ou responsáveis levem crianças e adolescentes às unidades de saúde para a aplicação da segunda dose. Só com o esquema vacinal completo é possível garantir uma proteção efetiva contra a dengue."
Para receber a vacina, é necessário apresentar um documento oficial com foto e a caderneta de vacinação. A FMS alerta que, em casos em que a criança ou adolescente tenha contraído dengue recentemente, é obrigatório aguardar um período de seis meses após o diagnóstico para iniciar ou retomar o esquema vacinal.
Segundo dados atualizados da FMS, Teresina já recebeu 15.616 doses referentes à primeira aplicação do imunizante, das quais 13.670 foram efetivamente administradas. Em relação à segunda dose, foram distribuídas até o momento 8.159 doses, destinadas exclusivamente ao grupo que já cumpriu o intervalo necessário desde a primeira aplicação.
Apesar do avanço da campanha, apenas 5.059 crianças e adolescentes compareceram aos postos de saúde para receber a segunda dose, o que representa uma cobertura ainda aquém do necessário. O número mais preocupante é o de 3.100 pessoas que estão com a segunda dose em atraso, o que compromete a eficácia da imunização em um momento crítico de combate à doença.
A vacinação continua disponível nas unidades básicas de saúde de Teresina, e a FMS reforça o apelo às famílias para que priorizem a imunização dos seus filhos. A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua sendo uma ameaça à saúde pública, especialmente em períodos de maior incidência do vetor, como nos meses chuvosos.
A continuidade da campanha é estratégica não apenas para proteger individualmente as crianças e adolescentes, mas também para contribuir com o controle coletivo da doença, reduzindo internações e casos graves.