Na tarde desta terça-feira, 3 de junho, a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) passou a cumprir prisão domiciliar após decisão judicial que converteu sua detenção em regime fechado em medida restritiva com monitoramento eletrônico. A parlamentar deixou o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar (QCG), onde se encontrava detida desde a semana passada, por volta das 14h30, sendo transportada em uma viatura da Polícia Militar até a Central de Monitoramento Eletrônico, localizada nas proximidades da Casa de Custódia, zona Sudeste de Teresina. No local, foi instalada a tornozeleira eletrônica que acompanhará sua movimentação durante o período de cumprimento da pena domiciliar.
A operação de transferência, acompanhada pela imprensa, foi marcada por tentativas de evitar exposição pública. Tatiana chegou à Central por volta das 14h55 e permaneceu no local por aproximadamente duas horas. Ao sair, foi conduzida até um carro de luxo, acompanhada de duas mulheres cuja identidade não foi divulgada. Com o rosto coberto por uma bolsa e, posteriormente, por um lençol, a parlamentar evitou ser fotografada. A mãe da vereadora, Odélia Medeiros, deixou o local em um táxi e seguiu com ela até a residência da família, situada no bairro São Cristóvão, zona Leste da capital.
A prisão de Tatiana Medeiros foi decretada no âmbito de investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), que apura um possível esquema de corrupção.
O desenrolar do caso Tatiana Medeiros é acompanhado com atenção por observadores políticos, juristas e pela sociedade civil. O episódio reabre o debate sobre ética na vida pública, transparência no uso de recursos públicos e responsabilidade dos agentes eleitos. Independentemente da conclusão do processo, o caso expõe a necessidade de fortalecimento dos mecanismos de controle, fiscalização e prevenção da corrupção em todas as esferas do poder.