O prefeito de Caracol, Raniletti Macedo (PT), está no centro de uma polêmica administrativa após nomear 16 familiares para cargos estratégicos na prefeitura do município, que tem pouco mais de 10.600 habitantes. O caso chama atenção pelo volume de nomeações dentro do círculo familiar do gestor, incluindo esposa, irmãos, tios, cunhados e até a avó da primeira-dama.
Entre os nomeados, estão:
- Solana Paes Landim Neiva, esposa do prefeito – Secretária da Mulher e da Pessoa com Deficiência.
- Raniara Carvalho de Macedo, irmã do prefeito – Chefe de Gabinete.
- Ruana Paes Landim Neiva, cunhada do prefeito – Tesoureira Municipal.
- Jânio Dias de Sousa Macedo, primo do prefeito – Secretário de Saúde.
- Danilo Ribeiro Macedo Figueiredo da Fonseca, primo do prefeito – Diretor do Hospital Municipal.
- Victor Carvalho Figueiredo, cunhado do prefeito – Secretário de Obras.
- Fernando Carvalho de Figueiredo, tio do prefeito – Secretário de Agricultura.
- Maria do Rosário de Figueiredo Ribeiro Paes Landim, esposa do tio da primeira-dama – Secretária de Turismo.
- Maria Vilma Paes Landim Ribeiro Soares, avó da primeira-dama – Coordenadora do Núcleo de Assistência Social à Mulher e ao Idoso.
- Juliana Rodrigues de Macedo, irmã do prefeito – Coordenadora da Divisão de Estratégia em Saúde.
- Brenno Ribeiro Miranda Macedo Sousa, primo do prefeito – Coordenador da Divisão de Pessoal.
- Idilvan Ribeiro Dias de Macedo, tio do prefeito – Assessor Administrativo.
- Raimundo Ney Neiva Dias, sogro do prefeito – Assessor de Controle Interno, setor responsável pela fiscalização das contas públicas.
- Raimundo Nonato de Sousa Macedo, tio do prefeito – Assessor Administrativo.
- Raimunda Carvalho de Macedo, mãe do prefeito – Coordenadora de Projetos Especiais.
A ampla distribuição de cargos entre parentes levanta questionamentos sobre nepotismo na administração municipal. No entanto, a defesa do prefeito alega que todas as nomeações seguem os princípios da Constituição e estão dentro da legalidade.
A situação pode abrir margem para investigações por órgãos de controle e fiscalização, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) já consolidou entendimento contra a prática de nepotismo na administração pública, especialmente para cargos de confiança e funções estratégicas dentro da gestão municipal.